quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

O teu afeto, me afetou.

Estou aqui para declarar uma coisa: Jamais soube ser amada. Ou soube ser cuidada.
Sim, sou incapaz. Sou inábil para acolher afeto.
Eu me adianto para não precisar encarar meu acanhamento de ser amada. Prefiro amar a ser amada.
Em minha família muitas coisas foram deixadas de lado, coisas que julgo, hoje, serem importantes, e que não deviam ter passado em branco. O fato de querer muito uma festa de aniversário, que nunca veio. Lembro-me do quanto gostaria de ficar naquela escola, e não fiquei. Me lembro da esperar a atitude dos meus pais, que não veio. E eu cresci assim, julgando certas coisas desnecessárias.
Coisas essas, que hoje aprendi que são necessárias. E MUITO!
Não devemos deixar passar despercebidos momentos que mostre o quanto uma pessoa é importante para nós. Simples atitudes podem mudar o dia, a noite, podem mudar o rumo de uma conversa e uma vida para sempre.
Por isso está decidido, a partir de agora permitir-me-ei ser amada.

“Here we go, come with me
There's a world out there that we should see
Take me hand, close your eyes
With you right here, I'm a rocketeer
Let's fly”

quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Ao acaso

Começo a lhe escrever sem saber por onde, 
Sem saber o que,
Sem saber por que,
Sem saber tu tomas minha fala,
Sem saber tomas minha escrita,
Sem saber toma meus pensamentos,
Sem saber escrever, lhe escrevo.
Sem saber se a ti interessa minhas palavras,
Sem saber se ao menos lerá,
Sem saber se um dia retornarás.

quarta-feira, 12 de junho de 2013

Como cortar pela raiz se já deu flor?
Como inventar um adeus se já é amor?
Como cortar pela raiz se já deu flor?
Como inventar um adeus se já é amor?

Não quero reescrever
As nossas linhas
Que se não fossem tortas
Não teriam se encontrado

Não quero redescobrir
A minha verdade
Se ela me parece tão mais minha
Quando é nossa

Não me deixe preencher com vazios
O espaço que é só teu
Não se encante em outro canto
Se aqui comigo você já fez morada. 
 ♪♫

(Sandy Leah - Morada)

terça-feira, 2 de abril de 2013

Amizades de micro-ondas

Devido aos últimos acontecimentos, tenho refletido sobre o egoísmo, inclusive o meu.
Sinto que antigamente as pessoas eram mais próximas. As casas tinham salas maiores, mesas enormes. Era comum, nos sentarmos em casa apenas para tomar um café e conversar. Parece que o foco era reunir pessoas. Havia uma maior preocupação em conhecer e gastar tempo para conhecer o próximo.

Diferente de hoje em dia, que dizemos que temos vários amigos, mas na verdade temos 2 ou 3, onde não nos preocupamos em investir nosso tempo pra sentar e conversar com alguém,pelo simples fato de querer participar da vida dela.

As pessoas fazem tudo mais rápido, é bem mais fácil uma amizade de micro-ondas, onde você aperta um botão e aciona essa pessoa quando precisa.  Diz lá no facebook que você tem mais de mil amigos, a maioria ali não conhece nada da sua vida, mas num final de semana à noite, quando seus verdadeiros amigos não estiverem ali, tu podes ir até lá e usar qualquer um deles.

O que eu entendo é que as pessoas não tem tempo e não querem perder tempo com amizades, mas não porque elas não gostem, mas porque elas sofreram traumas. Viveram experiências negativas e eu tenho certeza que assim como eu, você já se decepcionou com alguém onde a expectativa lançada, foi frustrada. Então, a gente tem medo de se relacionar e até nos fechamos, dizemos que relacionamentos não valem a pena, que amizades verdadeiras não existem e, chegamos até a pensar que viver em comunidade é uma coisa impossível.

Hoje optamos sermos superficiais, porque não vemos nada funcionando quando se vive compartilhando coisas. Acredito que o nosso problema seja o foco, porque muitas vezes nos relacionamos apenas com quem sabemos que irá nos dar algo em troca. Analisamos o que essa pessoa tem a oferecer, o que podemos ganhar com isso e já pensamos em como ela pode nos decepcionar, sendo que o foco deveria ser: “O que eu posso fazer por ela?”, “O que eu posso oferecer que vai fazer alguma diferença em sua vida?”, “O que eu posso ensinar?”.

Acredito que da mesma forma que você foi traído, decepcionado, magoado, como eu, você também fez essas coisas. Você também deve ter traído e magoado outras pessoas. Nós somos assim, somos totalmente falhos, agimos por orgulho e por inúmeras vezes somos egoístas. Porém, mesmo você tendo feito isso e errado, tenho certeza que vale a pena perder tempo com você. Vale a pena sentar do seu lado e passar mais que uma hora ouvindo aquilo que tu tem a dizer, saber qual a sua opinião sobre as coisas.

A mensagem que eu quero deixar pra você que ta lendo esse texto, é: Não se atreva a achar que é possível viver sozinho, não é possível! Não faz bem! Não é saudável! Da mesma forma que a comida de micro-ondas é sem sabor e nada saudável, assim também, é a amizade de micro-ondas, aquela que você não vive de forma profunda.

Assim como quando você gasta tempo preparando uma comida, picando, cozinhando, cuidando para não queimar, ela te desgasta, é cansativo, mas é algo muito mais saudável, mais gostoso. Uma amizade verdadeira também é assim, você investe seu tempo, é algo muito mais real e por mais que tenha suas dificuldades, vale muito mais a pena.

Então o que eu digo pra você é isso: Pessoas valem a pena. VOCÊ vale a pena. Tenha relacionamentos de verdade. Gaste tempo, dinheiro, sorrisos, se envolva, conte sua história e chega de amizades de micro-ondas.


segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Quero te perder, só pra ver se me encontro

Hoje pela primeira vez, pensei em te perder.
Pensei em te perder, só pra ver se me encontro.
Só pra ver se me encontro nesse caos enorme, que você causa em mim.
Pra ver se eu acho as palavras que decifrem o que, no momento, não consigo decifrar ao certo.
Quero me encontrar no meio dessa história tão complicada.
Só que no fundo, me perderia só pra ver se te encontro.
Perderia-me aí na sua cidade. 
No seu bairro.
Na sua rua.
Em sua casa.
Sim, perderia-me.
Sem mais volta.
Sem mais razão.

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Sobre a felicidade

Coloco a água para ferver, o pó de café no filtro e aguardo.
Sentada ali na cozinha me lembro de um texto onde o autor comparava a felicidade com um café passado na hora. Não me lembro das palavras exatas, mas acredito ter entendido a mensagem.
A gente pode sentir o cheiro quando a felicidade está por vir, e por antecipação degustá-la.
Conservamos o café numa garrafa térmica para que fique aquecido e não perca o gosto bom. Assim fazemos com a felicidade, queremos protege-la ao máximo para que seu gosto se prolongue.
Por falar em gosto, o café não tem um gosto melhor quando compartilhado? Quantas vezes você já viu em filmes, séries ou chamou alguém para compartilhar um "cafezinho" contigo? A felicidade tem um gosto diferente quando compartilhada com pessoas que gostamos.
Podemos até tomar aquele café instantâneo, mas certamente não será a mesma coisa. Não tente procurar felicidade em qualquer lugar, o melhor mesmo é aguardá-la sem desespero.
Tomar o "pretinho" sem açúcar por engano e sentir aquele gosto amargo, é como ter a felicidade barrada por algo ruim. Não era de se esperar que aquilo acontecesse. Entretanto, você pode acrescentar açúcar no restante, NÃO JOGUE O CAFÉ FORA!  Ou melhor: NÃO JOGUE SUA FELICIDADE FORA, pois é certo que ela irá partir um dia, mas coloque açúcar, busque tê-la de volta. Mas cuidado, açúcar demais pode estragá-la, saiba dosar. Se algum dia ficar muito doce, perder o sentido saiba que é hora de partir para outra ou talvez até "passar uma nova".
A chaleira apitou, apaguei o fogo, coloquei a água no filtro previamente preparado.
Comecei meu dia assim, sentindo aquele "cheiro bom de felicidade preparada na hora".
Um novo motivo para me sentir feliz sempre que a felicidade antiga se esfriou e perdeu seu gosto, seu sentido.
Mas sei que logo mais um café fresco será passado, perfumando toda a casa. Certamente ele não vai durar o tempo todo. Mas quem disser que vive o tempo todo na plenitude da felicidade é um grande mentiroso.
Melhor mesmo é ter a noção de que nada pode ser para sempre.
Que a felicidade é simples e barata como um cafezinho.
 

terça-feira, 16 de outubro de 2012

Julgue menos e ame mais!

E aí eu vejo como somos vazios, como parece que isso preenche. Criticar.
Criticar porque passou, e é tão normal que ninguém se preocupa em desmentir aquilo que falou, não existe preocupação em pedir desculpas. Nós somos todos imperfeitos, somos todos cheios de falhas.

A sensação que eu tenho é que encontrar um erro em alguém faz nos sentirmos menos errados, um pouco menos imperfeitos, porque se aquela pessoa erra naquilo e você não erra, tendemos a divulgar aquilo para que todos vejam o quanto ela é errada e nós não.

Às vezes aqueles que precisamos que fiquem, não ficam perto da gente. Aqueles que deveriam se aproximar para aprender, ouvir, não ficam do nosso lado porque existe um medo muito grande de ser criticado, porque ao mesmo tempo em que nós estamos acostumados a apontar o dedo, nós também estamos acostumados a ser criticados, a sermos apontados. 

E todo mundo acaba julgando como uma autodefesa, querendo rebater, querendo se defender, se justificar de algo que foi julgado alguma vez.
Temos a postura de nos afastarmos dessas pessoas, até porque não temos coragem de julgar e criticar de perto, frente a frente. Quando julgamos, normalmente fazemos isso pelas costas.
Então, não julgue! Se você sente vontade de julgar segure aí. Feche a boca e ame as pessoas, as abrace e mostre que você é diferente. Mostrar essa diferença tem um poder muito maior do que o de apontar e dizer que ela está errada.