Tenho aprendido muitas coisas na vida, dentre elas, o poder do silêncio.
Foi-se o tempo em que eu me preocupava em ter uma resposta para tudo, hoje sinceramente, pensem o que quiser. Tem gente mundo afora que perde seu tempo ofendendo aos outros de forma gratuita - o que é uma pena.
Longe de mim desejar mal a quem quer que seja, não perco meu tempo fazendo declarações para acertar o perfil de alguém com quem não tive o trabalho de conversar e conhecer direito.
O mal desse pessoal é achar que conhece profundamente o outro, seja por intermédio das redes sociais, por ver de longe ou, ainda mais, pelo famoso ditado "Diga com quem tu andas que direis quem tu és".
Visão medíocre, ingrata.
Somos mais, cada um de nós carrega muito daquilo que não é visível para quem não merece. Carregamos num lugar escondido aquilo de melhor e somente aos melhores é apresentado.
Precisamos ser sinceros com nossos sentimentos, sejamos então, francos o bastante para dizer o que pensamos, o que queremos, assumirmos nossos erros, vontades...
Mas atenção: cada um de nós apresenta suas verdades a quem quer. No meu caso, a quem merece.
Dia desses numa conversa, confessei a uma amiga que ainda não estava preparada para voltar às redes sociais, ando num momento que penso muito em mim e acredito não ser egoísmo, e sim, amor próprio. Já dizia John Lennon "A ignorância é uma espécie de bênção. Se você não sabe, não existe dor". Sendo assim, longe de mim perder meu tempo dedilhando no teclado o que eu penso sobre alguém que eu não admire, aliás, quem não admiro, me distancio - vivo longe.
Adjetivos não me caem. Já ouvi que sou uma garota chata, para outros "a metida" a outros, uma "puxa saco, plagiadora (com coisas piores)". O que me importa é meu pensar. Acredito não precisar provar nada a ninguém, só eu sei o que carrego dentro de mim, o que penso verdadeiramente, sei meus gostos, minhas manias, defeitos.
Dou risada cada vez que leio ou ouço isso, e quer saber: Piso em cima. Quando assumimos ser viscerais em nossas relações, nos permitimos, inclusive, às críticas dos outros, mesmo quando não são construtivas, mesmo quando o intuito é te derrubar, deixar para baixo. É dever nosso saber peneirar o que deve ser assimilado.
Não conhecemos ninguém e seria idiotice julgar o José porque ele não gosta de determinado filme, a Maria por preferir falar sobre música, do que de sexo, e o João por andar com "aquela turminha". O que está em nós é muito maior que nossos desejos, companhias, vontades. Somos visivelmente mais do que aparentamos ser, agora, se as pessoas que nos veem não enxergam, dever delas (re)fazerem seus conceitos.
Somos todos iguais, viramos pó, o que nos faz diferente é o que carregamos dentro de nós, o que é escolha nossa apresentar apenas a quem merece.
A essas pessoas deixo meu real desejo que seus peitos sejam invadidos pelo silêncio, "sentimento" ideal quando não podemos oferecer ao outro o nosso melhor, nosso amor, nossa admiração.
Eles são tão iguais. Meu medo é ser igual também ♪
Percebi um tom nietzscheniano neste teu desabafo. Se é que existe essa palavra...hehe. Mas concordo com você. E digo mais, ainda prefiro uma rede social cara a cara, tipo conversa de boteco mesmo. E percebo cada vez mais em cada postagem, cada comentário, muita estupidez e o pior, muita solidão.
ResponderExcluirAs redes sociais = muro das lamentações. rs
ExcluirBelo texto Juliana.
ResponderExcluirCom a correria dos tempos atuais esquecemos de dar a devida atenção e apreciar momentos de silêncio. Momentos cada vez mais raros em que podemos conversar com nós mesmos. Mas é preciso acalmar a mente e silenciar os pensamentos para ouvir a resposta...
Não ligue para os que falam mal de você. Saiba que têm muitas pessoas que simplesmente te adoram.
Me despeço com algo que um amigo costumava dizer:
Desejo em dobro para você tudo o que desejar para mim...
Tenha uma ótima semana...
Anônimo :]
sui generis :)
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