quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Encontros, desencontros, reencontros... O tempo!

Ponho a mão no peito e sinto as batidas do meu coração. Esse é o relógio do tempo tiquetaqueando compassadamente.
Quanto tempo me resta?
- Não sei. Um dia ele parará.
A verdade é que ele me move, às vezes com pressa, em outras paulatinamente.
Essa pressa efêmera que acelera a vida é como a calma que repousa, e nenhuma das duas nos leva a lugar algum.
Será tão difícil perceber que o tempo é apenas um fator relativo para que as pessoas possam correr ou ficarem estáticas?
Que diferença faz se corro ou ando, se a morte igualará todos nós no mesmo patamar?
O pobre e o rico não vão para o mesmo lugar?
A diferença é como enxergamos e discernimos esse peremptório momento. Isso sim faz diferença.
Se o tempo tenta apressar, peço-lhe calma. Se o tempo força a calma, eu peço ritmo.
O que dura pouco para mim?
O TEMPO!
Esse atemporal que me deixa inconformada, pois ele encurta a vida.
Então...
Enquanto houver tempo para viver: viverei.
E quando faltar tempo para viver: lutarei contra.
Entre escritas e escritos, poemas e crônicas, a verdade é que pouco sei, ou nada.
Hoje, tenho poucas certezas, uma delas, que ando feliz e por hora com o coração compassado aguardando o momento do nosso reencontro.
Afinal, como já cantava o sábio Vinícius: "A vida é a arte do encontro, embora, haja tanto desencontro pela vida".
Até por que às vezes o momento não é oportuno,
A coragem não é suficiente,
O medo nos incapacita,
E por alguns instantes, a gente para...
Põe a mão no peito e sente o coração. Certificamo-nos que viver já valeu a pena por cada encontro, mesmo que com desencontros.
Um dia nosso coração parará e já não nos será mais permitido, viver, ou muito menos, nos encontrarmos.
Felizes aqueles que possuem sensibilidade aguda e conseguem perceber que tudo que é bom dura pouco, mas o suficiente.

Contribuição para a Corrente Literária "O que dura pouco para você?"

6 comentários:

  1. Tá sensacional isso aqui. Que texto perfeito.

    Obrigado por participar, Juliana!

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  2. Adorei a metáfora do coração como um relógio. Tá lindo!

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  3. Oi Juliana!

    Achei o máximo a decisão do Marcelo de fazer "essa corrente" - para ver, conhecer pessoas como você, de pura sensibilidade, doçura nas palavras. Com o tempo vou "xeretar" mais o seu blog - mas o que vi até aqui, gostei muito.

    Bjos e até...

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