Sinceramente?
Eu tenho preguiça de quem não se arrisca. Nada contra quem prefira
manter-se longe de relacionamentos alegando que pelo menos não chora, não se
preocupa, não se ilude, não magoa e nem sofre por algo que não vale a pena.
Mas aí eu pergunto: Como saber "se vale a pena"?
Adivinhação, búzios, tarô, magia ou o tic-tac do coração?
O que vale a pena a gente sente no toque, no olhar, no silêncio da
respiração no ouvido do outro quando um abraço é dado e os corações estão
unidos em uma sintonia perfeita.
O que vale a pena a gente não quer perder, a gente cuida, cultiva esperando florescer mais bonito, porque o que é válido cresce, brota, vive.
O que vale a pena a gente não quer perder, a gente cuida, cultiva esperando florescer mais bonito, porque o que é válido cresce, brota, vive.
O que vale a pena te deixa com aquele sorriso bobo no rosto, com mãos
geladas e olhos vidrados.
O que toca a gente de verdade, não nos permite dúvidas, medos, inconstâncias.
O que toca a gente de verdade, não nos permite dúvidas, medos, inconstâncias.
O que vale a pena a gente não só sente falta naquele momento difícil ou
quando deitamos a cabeça no travesseiro tarde da noite e percebe que está
sozinho.
O que vale a pena nos torna melhores, nos faz pronunciar discursos
coerentes, nos faz esperar ansiosos pelo final de semana, o novo filme em
cartaz.
O que vale a pena não nos gera expectativas, porque a expectativa nasce da ausência, do não fazer, não falar, não agir.
O que vale a pena não nos gera expectativas, porque a expectativa nasce da ausência, do não fazer, não falar, não agir.
O que vale a pena a gente sabe que nem sempre será mil maravilhas,
haverão brigas tolas e aquelas que irão tirar o sono.
O que vale a pena não tem esse o jogo infantil de que "se você quiser, que corra atrás de mim".
O que vale a pena não tem esse o jogo infantil de que "se você quiser, que corra atrás de mim".
O que vale a pena é crer.
É viver, amar.
Cair e seguir.
Na esperança que um dia, possa valer a pena e valerá.
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